Ilhas Brasil
|
Poeminha do burrinho esquecido
Era uma vez um burrinho esquecido como um burro grande não esquecido, de sozinho, pelos outros só esquecido, às vezes dos outros como um elefante que esquecido de quem é, pela retórica, corre reto em construtiva fúria e nada vê mais que a obsessão de não ser ele mesmo, nem o rato que o amedronta e querer, por força de fazer, fazer, fazer, ser elefante-burro ou burro-elefante, assim como um calendário que não registra datas, um calendário em branco, um banco de dados esquecido um burrinho burro grande, um branco de memória. |